sexta-feira, 19 de março de 2010

RAZÃO PARA VIVER

Texto: “... Em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:3

Introdução

“Quem não vive par servir, não serve para viver.”

Quando um cliente entrou em uma determinada loja e não visualizou o lento balconista que ali trabalhava, perguntou ao filho do proprietário: "Onde está o Edu? Não o estou vendo nesta manhã. Está doente?" "Não,", respondeu o jovem, "ele não trabalha mais aqui na loja." "E vocês já têm em mente uma outra pessoa para o lugar que ficou vago?" perguntou o cliente. "Não, o Edu não deixou nenhum lugar vago."

É triste pensar que uma pessoa possa sair, sem deixar um lugar vazio. Sua ausência não é sentida, sua atuação não fazia diferença, naquele momento a vida dela não fazia sentido.

Isso nos leva a pensar: Será que na família de Deus existem pessoas como o Edu? Ou que se sintam como ele? será que o adágio: “ninguém é insubstituível” se aplica à família cristã?

Deus está falando com Abraão, descrevendo a importância da vida dele para o mundo, importância tal que sua vida beneficiaria todas as famílias da terra.

I. POR QUE A VIDA DE ABRAÃO FOI IMPORTANTE?

a. Porque ele creu em Jesus.

1. Numa região e numa época na qual a idolatria crescia, esse homem de Deus desenvolveu uma fé genuína e constante em Jesus.

2. Sua vida, seu trabalho e sua casa sua testificavam que ele era diferente da sociedade que o rodeava.

3. Sua vida de devoção permitiu que ele ouvisse a voz de Deus, essa voz transmitiu-lhe um chamado.

b. Porque ele aceitou o chamado.

1. Embora Abraão fosse um homem rico não foi a riqueza que o tornou famoso.

2. Se ele não tivesse aceitado o chamado feito por Deus, bem provavelmente nunca teríamos ouvido falar dele.

3. Ele aceitou o chamado de Deus e, mais tarde pôde ouvir que essa decisão tinha implicações sobre o mundo inteiro.

c. Porque ele permaneceu fiel ao chamado.

1. Sabemos alguns defeitos de Abraão.

a. Ele mentia, às vezes, pelo menos duas aparecem na Bíblia.

b. Sua fé falhou enquanto aguardava o cumprimento da promessa de ter um filho.

c. E com certeza ele tinha também outros defeitos que não sabemos.

2. Porém, suas qualidades faziam-no indispensável.

a. Buscava a Deus em qualquer lugar em que se encontrasse.

b. Humildade suficiente para se colocar em segundo lugar na divisão da terra com seu sobrinho Ló.

c. Disposto a entregar a Deus tudo que tinha, inclusive o filho único.

3. Apegando-se a Graça ele venceu e permaneceu firme contemplando a promessa de Deus.

II. COMO ABRAÃO SE TORNOU UMA BENÇÃO?

a. Por seu grande exemplo.

1. A vida de Abraão é uma grande inspiração até mesmo para pessoas quem não têm a mesma fé dele.

2. Árabes e Judeus se orgulham de serem filhos de Abraão.

3. Sua vida representa um altar vivo da fé ao Deus Criador. Por isso foi chamado o Pai da fé.

b. Porque de sua descendência nasceu o salvador.

1. A maior benção que nos vêm de Abraão é a salvação por Cristo Jesus.

2. Muito embora Cristo seja infinitamente superior a Abraão, foi através de sua descendência que adveio a maior benção que a humanidade já teve.

III. QUAL A NOSSA RELAÇÃO COM ABRAÃO?

a. Somos seus filhos.

1. Por meio de Cristo Jesus passamos a integrar a família de Abraão. (Gálatas 3:29).

2. Somos filhos espirituais.

a. Quando cremos em Jesus.

b. Quando aceitamos o batismo.

b. Somos herdeiros da mesma promessa.

1. Ao olharmos as promessas de Deus para o nosso futuro, elas falam à Israel, a descendência de Abraão.

c. Ser uma benção era a razão de existir do chamado de Abraão e nossa também.

1. “A esperança de Israel foi incorporada na promessa feita quando do chamado a Abraão, ... 'Em ti serão benditas todas as famílias da Terra.' Gên. 12:3. Ao ser desdobrado a Abraão o propósito de Deus quanto à redenção do homem, o Sol da Justiça brilhou em seu coração, e as trevas que nele havia foram dispersas.”

2. “Assim é que se dá com o cristão. Sua vida está escondida com Cristo em Deus. Jesus é para ele uma fonte de água, que salta para a vida eterna. ... Circunda-o a doce influência da justiça de Cristo. Sua influência enobrece e abençoa.” LC, p. 240

d. Não se pode ser um descendente de Abraão sem ser uma benção.

1. Alguns cristãos acreditam que podem ser bons filhos e filhas de Deus se não transgredirem os preceitos divinos. Mas existem inúmeros exemplos bíblicos que contrariam essa idéia.

a. A figueira foi destruída por ser infrutífera.

c. No caso da parábola dos talentos e também na parábola das minas, o servo não foi punido por ter feito algo errado. Foi punido por que não fez nada de bom. Ele não frutificou, não abençoou. Foi por isso declarado mau, negligente; ou seja, infiel.

b. Na parábola do semeador o bom solo foi aquele que produziu frutos, os três primeiros tiveram algum tipo de experiência com a palavra de Deus, mas, não frutificaram.

2. O cristão não foi deixado aqui apenas para não atrapalhar o caminho, ele foi deixado aqui para apontar o caminho que conduz a vida eterna.

3. O povo de Israel da época de Jesus tinha deixado de adorar deuses falsos, eram estritos observadores da Tora, detentores de doutrinas invejáveis. Mas estavam muito longe da vontade de Deus para o mundo. Eles não eram uma benção. Por isso não aceitaram a Jesus, por que Jesus era uma benção aos cegos, coxos, paralíticos, leprosos, prostitutas, cobradores de impostos, pobres, oprimidos, e pecadores em geral.

4. Negligenciaram o propósito para o qual Deus os havia chamado, e a falta desse propósito tornou obsoleto o chamado.

5. O vinde precede o ide, é verdade, mas, ambos são indispensáveis.

6. “‘Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade’ (I João 3:18), escreveu o apóstolo. Atinge-se a plenitude do caráter de Cristo quando o impulso para auxiliar e abençoar a outros brota constantemente do íntimo. É a atmosfera desse amor circundando a alma do crente que o torna um cheiro de vida para vida, e permite que Deus lhe abençoe o serviço.”

IV. COMO PODEMOS NOS TORNAR UMA BENÇÃO?

a. Por meio de nosso exemplo.

1. Não podemos separar Abraão de sua vida de devoção, de seu exemplo, assim como não se pode separar um cristão de sua conduta diante do mundo.

2. Muitos dependem de unicamente de nós para terem uma idéia sobre quem é Jesus.

b. Levando Cristo ao mundo que nos rodeia.

1. Todos devemos. Todos podemos.

2. Dr. Gifford, pregador em Boston, EUA, disse certa manhã: "Qualquer pessoa que é verdadeiramente salva em Cristo, pode ganhar almas para Deus."

Após a reunião, uma senhora o procurou e lhe disse: "Dr. Gifford, o senhor é sempre muito especial em seus sermões, mas o que disse hoje, que qualquer pessoa salva pode ganhar almas para o Senhor, não pode ser aplicado a mim. O senhor sabe que sou uma pobre viúva que passa todo o tempo em casa, costurando para sobreviver."

O pregador lhe respondeu: "Mas ninguém vem à sua casa?" "Sim," replicou a viúva, "o leiteiro, o entregador de jornais, o rapaz da farmácia e também o do supermercado costumam ir quase todos os dias." "E então?"

Ao regressar para sua casa ela não conseguiu desviar aqueles pensamentos de sua cabeça e colocou sua vida diante de Deus em oração. Logo pela manhã, ao chegar o moço que entregava o leite, ela lhe perguntou: "O senhor é um cristão?" "Não,", senhora, já fui mas deixei Deus de lado e hoje sou um perdido!"

Ela pediu-lhe permissão e orou para que sua vida fosse novamente dirigida pelo Senhor e que ele voltasse a ter a alegria dos salvos em Cristo. O próprio Dr. Gifford contou em sua congregação que aquela mulher, em menos de um ano, havia levado mais de 50 pessoas à Cristo.

3. Devemos empregar nessa missão toda a energia de nosso ser, todos os talentos que Deus nos Deu.

4. Um cão de caça conseguiu tirar uma lebre de sua toca e logo a seguir começou a persegui-la. Depois de um certo tempo, vendo que não a alcançaria, acabou desistindo. Um rebanho de cabras, que a tudo assistia, zombou do cão dizendo: "O menor é um melhor corredor entre os dois." O cão de caça, dirigindo-se às cabras, respondeu: "Vejam a diferença entre nós: eu estava apenas correndo para um jantar. A lebre estava correndo por sua vida."

5. Nossa salvação depende do cumprimento da missão.

Conclusão

1. Abraão foi chamado por Deus para ser uma benção, e ele foi. Através dele todos os seres humanos foram e são abençoados.

2. É nossa também a promessa “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Ou seja, é através de nós que benção da salvação flui para um mundo perdido.

3. A razão de viver do cristão é ser uma benção.

4. “Quando o eu está imerso em Cristo, o amor brota espontaneamente. A perfeição de caráter do cristão é alcançada quando o impulso de auxiliar e abençoar a outros brotar constantemente do íntimo - quando a luz do Céu encher o coração e for revelada no semblante.”

5. Nosso melhor deve ser feito a fim de atrair pessoas a Cristo.

a. Um dia uma senhora criticou D. L. Moody quanto aos métodos que ele utilizava para evangelização no propósito de ganhar almas para o Senhor. A resposta de Moody foi: "Eu concordo com a senhora. Eu também não gosto da maneira que eu faço isso. Diga-me, por favor, o que a senhora faz para evangelizar?" Ela respondeu: "Eu não o faço." Então, Moody replicou: "Sendo assim, eu gosto mais do meu modo de evangelizar do que o seu modo de não fazê-lo."

b. “Você já quis saber por que Deus nos deixa viver aqui na Terra com toda essa dor, tristeza e pecado, após aceitarmos a Cristo? “Por que Ele não nos arrebata logo ao céu e nos poupa de todas essas coisas? Afinal de contas, podemos adorar, comungar, orar, cantar, ouvir a Palavra de Deus e até nos divertir lá no céu. Existem somente duas coisas que fazemos aqui na Terra e não podemos praticar no céu: pecar e falar de Jesus aos não-crentes.”

6. Sua colaboração, ao contrário do balconista citado no início, é indispensável.

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