domingo, 7 de março de 2010

PROVEMOS O SENHOR – ELE AINDA SEPARA OS SEUS

Texto: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos Exércitos." Mal. 3:10 e 11.

INTRODUÇÃO

A mensagem acima tem sido usada repetidamente para lembrarmos dos dízimos e ofertas do Senhor, essa repetição faz com que algumas vezes percamos muito da mensagem que Deus quer transmitir para nós hoje.
Por isso, é importante antes de começar a analisar alguns aspectos dessa mensagem, que oremos a Deus pedindo para que Ele nos ajude a eliminar o preconceito com respeito a mensagem de Malaquias e deixemos Deus falar ao nosso coração.

Vamos analisar três aspectos dessa preciosa mensagem.

FAZEI PROVA. v. 10.

Essa expressão pode causar dificuldades e incompreensões para muitos. Afinal, o que seria provar ao Senhor? Vivemos um tempo de crise, aliás, as crises têm acompanhado a história humana desde o início.
O pecado é a maior crise que o universo já viu, e é justamente em meio a esta grande crise que Deus prova Seu grande amor para com o ser humano.

Foi em meio às atrocidades da cruz que Deus mostrou quão grande é Seu amor por nós. A Cruz foi uma solução de Deus para a crise que assola a humanidade. Naquela tarde e lugar foi definida a vitória para Deus e a derrota de Satanás. Embora a luta se estenda e, em nossos dias ainda vejamos muitos males, mas, o fim do pecado e do sofrimento que ele causa é só uma questão de tempo.
Por isso, a capacidade de Deus para solucionar problemas está mais do que provada, não importa o tamanho. A Bíblia está repleta de testemunhos de como Deus ajudou os seres humanos em seus problemas como indivíduos, comunidade ou nação.

Para que Deus intervenha precisamos recorrer a Ele. Quando deixamos de lado outras soluções e buscamos a Ele com todo nosso coração, Ele responde. Por isso, as crises são importantes. Afinal, elas nos motivam a buscar uma solução. Quando percebemos que não conseguimos sozinhos, a solução é buscar a Deus.
Naquele tempo, o povo tinha deixado de obedecer ao Senhor. Logo, Deus permitiu que a crise viesse e no meio dela, através do ministério de Malaquias enviou uma advertência pela desobediência e um desafiou para a confiança.
Parecia ilógico “desembolsar” o dízimo e ainda as ofertas, mas, Deus disse: “Fazei prova”; a prova não era para Deus, era para o povo. Eles precisam ser fiéis, afinal a promessa já fora feita. O tempo é de provarmos o Senhor, Ele não necessita ser provado, mas, nossa fé de que Ele cumpre Suas promessas, sim. Não existe um tempo melhor para isso que nas épocas de crise.

Não tenha medo de fazer planos de fé com Deus. Pois Ele ainda faz a diferença entre o seu povo e quem não é seu povo. Ele desafia você e eu a experimentar, não precisamos crer só porque alguém está dizendo, podemos provar.

“Quão terno, quão fiel é Deus para conosco! Dá-nos, em Cristo, as mais ricas bênçãos. Por Ele, põe Sua assinatura no contrato que conosco fez. Review and Herald, 3 de dezembro de 1901.” Ellen White. Administração Eficaz, 91.
MAIOR ABASTANÇA. v. 10
Ellen White declara: “Quanto mais dermos, tanto mais receberemos.” Review and Herald, 8 de dezembro de 1896. Ellen White. Administração Eficaz, 90.

É um princípio interessante, mas é bom lembrar que não se pode encher uma mão fechada, só é possível encher se ela estiver aberta. Logo a abastança depende inevitavelmente de nossa habilidade em dar.

Na multiplicação dos pães e peixes o povo não só comeu, como também diz a palavra de Deus que se fartaram. O azeite da viúva foi suficiente para encher todas as vasilhas que aquela família conseguiu reunir. A bênção foi maior nesses casos e pode ser em nossa vida também.

Paulo declara “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Romanos 5:20), a bênção de Deus é sem limites. Deus não foi econômico no plano da salvação, Ele deu o que tinha de mais valioso. O próprio Jesus disse que receberíamos “boa medida, recalcada, sacudida e transbordando.” (Lucas 6:38)

Como filhos de Deus, não somos chamados a viver uma vida mesquinha, numa pobreza de alma. Pelo contrário Deus prometeu vida abundante, e esta promessa inclui tudo. É disso que está falando o profeta aqui.

Ao sermos fiéis a Deus, haverá recursos na casa do tesouro, mas, além disso, haverá abastança na casa do doador, isto é, na minha e na sua. Deus não precisava prometer isso, porque “dever é dever, e deve ser realizado por amor a Ele. Mas o Senhor tem compaixão de nós, na nossa condição caída, e acompanha Suas ordens de promessas.” Ellen White. Administração Eficaz, 90.

Nenhum Risco

“Oh, que graciosas, plenas, completas garantias nos são dadas, se tão-somente fizermos o que Deus pede que façamos! Apegai-vos a essa questão como se crêsseis que o Senhor faria justamente como prometeu. Aventuremos alguma coisa sob a Palavra de Deus. Em seu ardente desejo de enriquecer, muitas pessoas correm grandes riscos, passam por alto eternas considerações e sacrificam nobres princípios, contudo podem perder tudo nesse jogo. Mas, ao atender aos convites celestes nenhum risco temos que correr.” Ellen White. Administração Eficaz, 90.

REPREENDEREI O DEVORADOR. v. 11
Esse texto faz referência a uma espécie de gafanhoto que era o pesadelo dos agricultores e de toda nação, que dependia da agricultura e da pecuária para sobreviver.

O gafanhoto devorador, ou simplesmente devorador, é identificado como o inseto em sua fase adulta, fase que este se junta em exames e pode devorar grandes lavouras em pouco tempo. Em Joel 1:4, o profeta fala de quatro tipos de gafanhotos, provavelmente seriam as fases do inseto do nascimento até a sua vida adulta.

Sem dúvida a praga dos gafanhotos era ruim para o povo daquela época. Mas, ainda hoje esse tipo de gafanhoto é terrível para qualquer agricultor. O problema maior é que hoje, as pragas são inúmeras. De pestes agrícolas como brocas, ferrugem, formigas, etc. à pestes de cidade como doenças diversas, violência, furtos, assaltos, acidentes de trabalho, acidentes de trânsito, mercado financeiro, juros, etc., além das catástrofes naturais como enchentes, terremotos, ciclones, furacões, etc e a lista poderia se estender se formos detalhar os problemas que podem acarretar prejuízos nos dias de hoje.
Deus promete em resposta a fidelidade de seu povo repreender o devorador, ao dizer isso, Ele se dispõe a interromper uma obra já iniciada. O povo vivia uma grave crise, mas Deus podia e queria tirá-lo daquela situação desconfortável.
Porém era necessária que eles mostrassem arrependimento através de adoração a Deus, adoração esta feita por meio de dízimos e ofertas.

CONCLUSÃO

A mensagem de Malaquias é tão atual hoje como foi nos dias de Israel. Deus deseja hoje mostrar que Ele faz diferença entre quem O serve e quem não O serve, para isso Ele conta com nossa fidelidade. Pois nossa infidelidade é um obstáculo para que Suas bênçãos sejam derramadas sobre nós.
“Obedeceremos a Deus trazendo todos os nossos dízimos e ofertas, a fim de que haja mantimento para atender às necessidades das almas famintas do pão da vida? Deus vos convida a prová-Lo agora....” Ellen White. Administração Eficaz, 89.

“Devemos pegar a Deus pela palavra, e, em simplicidade de fé, andar segundo a promessa e dar ao Senhor o que Lhe pertence. Review and Herald, 18 de dezembro de 1888. Ellen White. Administração Eficaz, 90.

“Ele convida Seu povo a prová-Lo, declarando que recompensará a obediência com as mais ricas bênçãos. ... Anima-nos Ele a Lhe darmos, declarando que a recompensa que nos dará será proporcional às nossas dádivas a Ele. "O que semeia em abundância em abundância também ceifará." II Cor. 9:6. Deus não é injusto para que Se esqueça do vosso labor, do vosso trabalho de amor.” Ellen White. Administração Eficaz, 91.

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