sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Jerusalém, Jerusalém

Mateus 23:37-38 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!


Aqui vemos a impetuosa tragédia do amor que foi desprezado. Aqui Jesus fala, não tanto como o juiz severo de toda a Terra, mas sim como alguém que ama as almas dos homens.

Esta passagem nos assinala quatro grandes verdades.

I. Mostra-nos o caráter deliberado do pecado do homem.

Os homens viram Cristo em todo o esplendor de seu chamado, e o rejeitaram. A porta do coração não tem trinco do lado exterior, deve abrir-se de dentro; e o pecado é a rejeição, o desprezo do chamado de Deus em Jesus Cristo. Muitas vezes condenamos os israelitas pela rejeição a Cristo e seus mensageiros, mas ainda hoje estamos rejeitando Sua palavra, e Seus mensageiros.

II. Mostra-nos as conseqüências do rechaço de Cristo.

Passariam só quarenta anos e no 70 d. C. Jerusalém ficaria convertida em um montão de ruínas. Esse desastre foi conseqüência direta do rechaço do Jesus Cristo. Se os judeus tivessem aceito o caminho cristão do amor e tivessem abandonado o caminho da política do poder, Roma jamais tivesse lançado sobre eles com sua força vingadora. É uma realidade que o povo que rechaça a Deus está condenado ao desastre.

Esse texto tem ligação direta com os nossos dias. A rejeição a Cristo causou a destruição de Jerusalém. A rejeição da palavra de Deus, sua lei, causa a final destruição. Rejeição não só dos não crentes, mas dos próprios crentes que crêem em uma mensagem genérica, um Cristo genérico, sem o marca da divindade.

Jesus menciona Abel e Zacarias, o primeiro o último assassinato, relacionados no AT. A rejeição a Cristo fez o povo mudar de ascendência, passaram a linhagem de Caim o primeiro assassino.

Quando a Bíblia fala em destruição, fogo, etc. não o faz para assustar o ser humano, faz porque existem apenas duas possibilidades, dois caminhos, duas escolhas. Deus apresenta diante de você a vida e a morte, e faz um apelo de amor para você aceite a vida.

III. Mostra-nos o chamado de Jesus.

Aqui Jesus fala como alguém que ama. Não quer forçar sua entrada; a única arma que pode usar é o chamado do amor. Levanta-se com as mãos estendidas em posição de chamar os homens, um chamado que os homens têm a terrível responsabilidade de aceitar ou rejeitar.

a. Deus Ama;

b. Deus Chama;

c. Deus Reúne;

IV. Mostra-nos a paciência de Deus.

Jerusalém tinha matado aos profetas e tinha apedrejado aos mensageiros de Deus. Entretanto, Deus não a rejeitou e ao final enviou a seu Filho. O amor de Deus manifesta uma paciência ilimitada que tolera o homem pecador e não o rejeita.

a. Profetas antes de Cristo. Zacarias morto pela fúria do rei Joás, em um dos mais trágicos atos de ingratidão.

b. Cristo. Condenado em Jerusalém a cidade que ele veio salvar.

c. Profetas após Cristo. Mesmo tendo crucificado o salvador o amor de Deus continuou sendo demonstrado aquela cidade, mas os resultados foram os mesmos. Tiago e Estevão tiveram o mesmo destino dos demais profetas.
CONCLUSAO

“O Filho de Deus... estava em pranto, não em conseqüência de uma mágoa comum, senão da agonia intensa, irreprimível. Suas lágrimas não eram por Si mesmo... chorava pela sorte dos milhares de Jerusalém. ... A piedade divina, o terno amor encontraram expressão nestas melancólicas palavras: ‘Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quisestes!” GC, 18-22

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