sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A DÁDIVA DA DOR

Apoc. 21:4; Isa 53:4; Zac 13:6
Tânia, a menina que não sentia dor. Mordia os próprios dedos, escrevia com o próprio sangue. “Indiferença congênita a dor”.
Sábado passado eu estava em Corumbá, minha esposa aqui. Quando ela saiu para ir à igreja. Viu nossos vizinhos saindo para o trabalho. Uma família bonita e feliz. Um casal jovem, uma filha de cinco anos de idade. Pessoas amigas. Dentro de poucas horas a alegria seria repentinamente interrompida pela dor. Restando tristeza.
As pessoas querem se livrar da dor. Evidência disso é o consumo de analgésicos, cada ano os americanos consomem perto de cem toneladas, o equivalente a 300 mg por pessoa, incluindo toda a população.

Humanidade
Logo após o pecado Adão e Eva se afastaram do ponto de encontro com Deus. O ser humano teme a presença de Deus em sua vida. A maioria das pessoas sabe que deveria buscá-lo, mas não busca. Sabe o que é certo, mas gosta do errado. Você sente necessidade de vir à igreja, mas, ao mesmo tempo sente vontade de não vir. Estando aqui é necessário esforço extra para prestar atenção.
Ter consciência da presença de Deus causa assombro, por ela também implica em controle. Se alguém pode ver tudo, se alguém sabe de tudo, se alguém conhece o meu coração, as minhas paixões e inclinações, meus pensamentos mais secretos, já não sou inocente, meu esconderijo já foi descoberto, tenho que sair detrás do arbusto, mas tenho medo.

Indivíduo
Você já desejou não sentir dor. Terça-feira minha esposa, minha filha e eu fomos passear e ver luzes de natal. Sair com a família é um alegria. Porém, quando minha filha foi sair da cama elástica, achei que eu poderia pegá-la com meu braço esticado, consegui um dar um mal jeito. Se fosse no computador ele diria, você executo uma operação ilegal, o computador está sendo desligado!
É interessante como esse órgão preso dentro de uma rígida caixa óssea, pode perceber através da rede nervosa espalhada pelo corpo a menor sensação de dor.
A vida é imprevisível. A qualquer momento a dor aparece. Sem pedir licença, e muitas vezes sem aviso.
A dor nos diz que algo está errado. Minha língua queimou, cortei minha perna, o leproso se fere por justamente não sentir dor. A hanseníase não causa deformidade, o que deforma sua vitima é que ela não sente. Parece que tudo está bem.
Dias atrás ouvi um dado alarmante, o Brasil é o segundo país do mundo com maior número de portadores de hanseníase. Só perde para a Índia. Ela é uma das doenças mais antigas, se não a mais antiga que se tem conhecimento, mas ainda atinge 40 mil brasileiros.
A dor é uma forma de Deus chamar você. Formou-se inclusive um ditado a partir desse fato, quem não vem pelo amor, vem pela dor.
Dor de consciência, dor física, dor emocional, dor psicológica.

Mundo
O mundo também sente dores, violência, fome, efeito estufa, catástrofes naturais. Suas dores dizem que algo está errado, é preciso uma solução.
Nele há uma perigosa mistura de dor e insensibilidade. Enquanto milhares de pessoas doam alimentos e roupas para os necessitados, outros comissionados para ajudar, roubam.
Seu coração está dolorido? Sua consciência dói? Você consegue sentir a dor pelo que está acontecendo em volta de nós.
A dor nos empurra em direção da solução. A dor dá o alarme, é um sinal de esperança. É uma dádiva divina, considerando um mundo que fere. Não tente se livrar da dor; procure a causa. Não se contente com analgésicos, anestésicos. Jesus quer curar sua dor para sempre, removendo tudo que fere, tudo que machuca.
Apoc 21:4 pode soar quase como um conto de fadas, é bom demais para ser verdade. Não, é tão bom que precisa ser verdade.
“Em meio de todas as nossas provações, temos um infalível Ajudador. Não nos deixa lutar sozinhos com a tentação, combater o mal, e ser afinal esmagados ao peso dos fardos e das dores. Conquanto Se ache agora oculto aos olhos mortais, o ouvido da fé pode-Lhe ouvir a voz, dizendo: Não temas; Eu estou contigo. "Eu sou... o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre." Apoc. 1:18. Suportei as vossas dores, experimentei as vossas lutas, enfrentei as vossas tentações. Conheço as vossas lágrimas; também Eu chorei. Aqueles pesares demasiado profundos para serem desafogados em algum ouvido humano, Eu os conheço. Não penseis que estais perdidos e abandonados. Ainda que vossa dor não encontre eco em nenhum coração na Terra, olhai para Mim e vivei.” DTN, 52

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